A Kodak Tinha Tudo. E Faliu.
- alisson.lamim
- 12 de jun.
- 2 min de leitura

A Kodak era uma das empresas mais estruturadas e rentáveis do mundo. Líder absoluta em fotografia por décadas. Tinha processos robustos, gestão de excelência, produtos de altíssima qualidade e um domínio invejável de mercado.
Mas morreu.
Por quê?
Porque não adiantam ferramentas de gestão quando se ignora o futuro.
Esse caso é uma lição direta para líderes e profissionais: ser eficiente no que já não importa é o caminho mais rápido para o fracasso. O mercado não premia quem organiza, premia quem evolui.
A Kodak inventou a primeira câmera digital em 1975. Isso mesmo: a empresa que depois se tornaria um símbolo de obsolescência liderou a revolução que a mataria.
Mas decidiu ignorar.
Com medo de canibalizar seu próprio modelo de filmes analógicos (altamente lucrativo na época), a alta liderança da Kodak preferiu manter os processos, as ferramentas e o lucro estável. Enquanto isso, o mundo mudava.
Mesmo com consultorias renomadas, controles de excelência e ferramentas de gestão premiadas, a empresa deixou de fazer a única coisa que poderia salvá-la: mudar a rota.
Muitos profissionais acreditam que ferramentas de gestão são escudos infalíveis. Mas o que a Kodak nos mostra é exatamente o contrário: ferramentas sem visão são como um mapa em um território que não existe mais.
Empresas não quebram por falta de processos. Elas quebram por insistir neles mesmo quando o cenário já mudou. Profissionais não estagnam por falta de esforço. Eles estagnam por tentar se destacar em um jogo que já virou outro.
Gestão não é só eficiência. É ousadia estratégica.
Ser referência em uma lógica antiga pode ser seu maior risco.
Liderança real exige a coragem de matar o que te deu certo até aqui.
O mundo muda antes do seu planejamento estratégico. Quem insiste em navegar com bússola velha acaba naufragando com o navio.
Livros e estudos mostram o mesmo padrão em dezenas de empresas:
Christensen, C. (1997). The Innovator’s Dilemma — como empresas líderes falham ao ignorar disrupções internas.
McGrath, R. (2013). The End of Competitive Advantage — vantagem competitiva hoje é temporária.
MIT Sloan Management Review (2023) — empresas com líderes capazes de “matar o sucesso passado” inovam 2,8x mais rápido.
Harvard Business Review (2021) — ferramentas de gestão só têm impacto positivo quando atreladas à capacidade de mudança.
A Kodak virou um alerta global. Mas pode ser você amanhã.E a diferença é uma decisão: continuar fazendo bem… o que já não faz sentido?
Aplique esse aprendizado com pequenas atitudes:
Questione seus indicadores: eles medem o quê, para quê?
Faça um “desapego estratégico”: o que deu certo ontem ainda serve hoje?
Use ferramentas como OKRs, mas revise constantemente os objetivos.
Crie um ritual mensal de “desaprender e reaprender”.
Tenha coragem de cortar projetos bons, mas fora do novo contexto.
Busque mentoria com quem já atravessou ciclos de ruptura com sucesso.
Você está otimizando processos ou construindo o próximo modelo?
Porque enquanto alguns ajustam a planilha… outros mudam o mercado.
Se quiser parar de repetir o erro da Kodak na sua carreira ou empresa, fale com a Noogenese.
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