MAGALU NA SHOPEE: TRAIÇÃO OU ESTRATÉGIA GENIAL?
- alisson.lamim
- 11 de jun.
- 3 min de leitura

Em tempos de hipercompetição, quem pensa que o jogo é só entre rivais… perde. O Magalu, que por anos travou batalhas com Shopee e AliExpress, decidiu virar a chave: agora vende dentro dos marketplaces concorrentes. Parece contrassenso, mas é pura inteligência de negócio.
Para profissionais que querem crescer rápido, esse movimento ensina uma lição poderosa: quem quer escalar, precisa romper velhos paradigmas. Competidores podem ser canais. Inimigos podem virar trampolins. Liderança exige coragem para reescrever as regras — mesmo que elas tenham sido criadas por você.
Esse tipo de raciocínio é típico de líderes estratégicos, e mais ainda de mentores visionários. Se você está numa transição de carreira ou quer acelerar seu crescimento, o que o Magalu fez serve como alerta: sucesso não vem de proteger território, mas de expandir fronteiras.
O Magalu cresceu no Brasil como símbolo do varejo digital nacional, mas perdeu espaço para plataformas asiáticas como Shopee, AliExpress e Shein. A resposta esperada seria dobrar a aposta na competição. Mas a resposta real foi mais ousada: entrar nos canais rivais para vender mais.
Agora, os produtos próprios da marca estão sendo ofertados nas vitrines dos concorrentes. É como se o McDonald's vendesse seus lanches dentro do Burger King. Isso não é sinal de fraqueza. É sinal de que a empresa entende que o cliente está no centro — e que vencer não exige isolar-se.
Esse movimento revela 3 grandes tendências:
Fronteiras estão ruindo – o que antes era “canal fechado” agora é ecossistema compartilhado.
Marcas querem estar onde o cliente está – mesmo que isso custe o orgulho.
A nova liderança é adaptativa – não se prende ao “como sempre foi feito”.
No mundo corporativo, isso tem impactos profundos:
Para líderes: mostra que resiliência estratégica envolve também desapego ao ego.
Para analistas e gestores: inspira pensar em canais não tradicionais para gerar valor.
Para quem busca promoção: desafiar o modelo mental vigente pode ser o caminho mais rápido para crescer.
Essa jogada do Magalu pode virar case em MBAs. Mas mais importante do que isso, é uma aula para qualquer profissional que esteja pensando em como se destacar em um mercado saturado.
Base teórica e inspirações:
Christensen, C. (2013). The Innovator's Dilemma. Harvard Business Review Press.
Osterwalder, A. (2010). Business Model Generation. Wiley.
Rita McGrath (2019). Seeing Around Corners
Esses conteúdos reforçam que empresas que se antecipam a rupturas estruturais e testam modelos antes dos outros têm mais chance de escalar rápido. E líderes que aplicam essa mentalidade na carreira crescem com mais velocidade — e mais controle.
Passo a passo para aplicar a mentalidade Magalu:
Questione: onde sua empresa/produto/pessoa está presa a “dogmas” do passado?
Pense ecossistema: que concorrente pode virar aliado?
Provoque: proponha pelo menos uma parceria inusitada nos próximos 30 dias.
Inspire: use esse exemplo em conversas com pares e lideranças.
Mostre: faça um mini estudo interno de “oportunidades fora do óbvio”.
Busque mentoria: o olhar externo é vital para romper o viés da repetição.
Mas…
Será que você está preso demais a uma lógica antiga?
A nova economia não premia quem defende castelos, e sim quem constrói pontes. Se até gigantes como Magalu decidiram vender dentro da Shopee, o que impede você de pensar fora da sua bolha?
Você não precisa ser disruptivo para começar. Mas precisa parar de ser previsível.
🔍 A Noogenese ajuda profissionais a enxergarem onde estão perdendo escala por apego.
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